Data-driven marketing é uma estratégia centrada nos dados com o objetivo de tomar decisões mais embasadas e acertadas. A partir das informações obtidas, você conquista insights relevantes, que levam seu negócio a um patamar mais elevado.
A ideia é aplicar aquela célebre frase de Peter Drucker: “o que não se pode medir, não se pode gerenciar”. Afinal, quando você aplica a abordagem, identifica as práticas que geram os melhores resultados, descobre os perfis de clientes do seu negócio e corrige os erros cometidos.
Ou seja, você faz análises com frequência para ajustar as ações e evitar prejuízos. Essa prática ajuda a explicar por que empresas que usam a personalização com base em dados conseguem um retorno sobre o investimento (ROI) de 5 a 8 vezes maior no que investem em marketing. O estudo é da Invesp.
Então, como implementar no seu negócio? Neste post, você entenderá:
- o que é data-driven marketing;
- por que aplicar;
- como implementar;
- quais são as ferramentas necessárias.
Que tal saber mais? Boa leitura!
O que é data-driven marketing?
O data-driven marketing é a aplicação de estratégias orientadas por dados. Assim, a empresa usa métricas e indicadores para tomar decisões, identificar as tendências de mercado, reconhecer o comportamento do consumidor e ajustar as ações adotadas, tanto no tráfego orgânico quanto no pago.
Em outras palavras, você baseia todas as ações em dados, em vez de se apostar na intuição. Desse modo, a tendência é acertar mais do que errar e ter resultados positivos. Também é uma maneira eficiente de conquistar vantagem competitiva e se destacar da concorrência.
Portanto, ao entender o que é data-driven marketing, saiba que é uma abordagem estratégica, que utiliza números para gerar informações e insights. É a implementação da Era dos Dados para reduzir as incertezas, aperfeiçoar as campanhas e atingir o público-alvo.
Por exemplo, você cria uma campanha para redes sociais. Ao medir os resultados, percebe que há muitos cliques, mas poucas vendas. Nesse caso, é importante analisar alguns aspectos, como:
- o desempenho da landing page;
- a segmentação da campanha, isto é, qual perfil de cliente visualiza o anúncio;
- os resultados de testes A/B.
Com a análise, você faz os ajustes e continua o monitoramento para ver se surtiu efeito.
Qual a relação entre big data e data-driven marketing?
O big data é o conjunto de ferramentas que permite a implementação do data-driven marketing. Assim, o primeiro termo se refere à coleta, armazenamento e análise dos dados, enquanto o segundo é uma estratégia de negócios. Quando utilizados em conjunto, esses conceitos favorecem o acerto nas tomadas de decisão.
De forma mais simples, o marketing orientado por números utiliza o big data para entender os resultados obtidos e o comportamento dos consumidores. A consequência é o ajuste das campanhas para serem mais eficazes.
Leia também: 7 passos para implementar big data e inteligência analítica + benefícios da prática!
Por que aplicar data-driven marketing?
Os benefícios de adotar a estratégia são significativos e abrangem desde o aumento das vendas até as tomadas de decisões. Veja por que aplicar data-driven marketing no seu negócio:
- os dados permitem identificar as melhores ações para aumentar as vendas;
- você segmenta melhor a base de usuários e atinge as pessoas realmente interessadas;
- sua equipe tem uma visão holística do público-alvo, que contribui para a elaboração de uma jornada do cliente personalizada;
- a criação de conteúdo relevante aumenta;
- o desenvolvimento de produto tem mais informações para embasar as criações;
- as campanhas tendem a ser mais eficientes e podem gerar melhores resultados;
- os custos com testes diminuem, porque você obtém os números mais rapidamente;
- sua empresa cria uma cultura analítica;
- os gestores tomam decisões em menos tempo;
- o ROI aumenta, porque você deixa de empregar tantos esforços para atingir dados positivos.
Em resumo, o marketing data-driven melhora os indicadores empresariais. No que se refere às taxas de conversão, o principal uso da abordagem se volta para: análise da jornada do consumidor (63%), teste A/B (60%) e segmentação e testes de usabilidade (55%). Os percentuais são da Invesp.
Como implementar uma estratégia de data-driven marketing?
A implementação do data-driven marketing depende da aplicação de etapas bem estruturadas e da capacidade de usar os dados de forma eficiente. Veja qual o passo a passo para ter sucesso.
1. Defina seus objetivos
Um erro muito comum nas abordagens orientadas por números é usar métricas de vaidade, isto é, indicadores que não refletem os objetivos esperados. Por exemplo, se você deseja aumentar as vendas, faz pouco sentido analisar o total de seguidores nas redes sociais. Então, conheça o seu propósito e use Key Performance Indicators (KPIs) que façam sentido. Nesse caso, poderiam ser taxa de conversão, ROI e custo de aquisição de clientes (CAC).
Leia também: Saiba o que é ROI na prática, como calcular e o que é um retorno sobre o investimento bom!
2. Colete os dados e analise
Use a integração entre big data e data-driven marketing para coletar, armazenar e analisar dados — estruturados ou não — vindos de diversas fontes, como o CRM, o site, o ERP e as redes sociais.
3. Use as ferramentas de data-driven marketing
Para efetivar uma estratégia orientada por dados, é fundamental usar as ferramentas certas. Existem várias alternativas, como o Google Search Console e o Google Data Studio. De todo modo, o intuito é facilitar a análise e a visualização dos resultados.
As plataformas certas também ajudam a superar desafios, como os silos de informações e a descentralização dos números. Portanto, contribuem para tomar decisões mais precisas. Assim, sempre considere os insights fornecidos, se são relevantes para sua empresa e se favorecem o alcance dos objetivos esperados.
4. Segmente os clientes
A personalização depende diretamente da segmentação dos clientes. Cada perfil deve entrar no funil de vendas do marketing digital e receber uma abordagem específica para aumentar a chance de conversão.
A partir dessas informações, você define as automações e elabora a sua estratégia. Também realoca melhor os investimentos para conceder prioridade às ações que trazem melhores resultados.
5. Melhore e redirecione as campanhas
Todas as comunicações da sua marca precisam de consistência. Use a análise da estratégia de marketing data-driven para melhorar e redirecionar as campanhas de acordo com a segmentação. Ao adotar essa prática, você evita que o mesmo potencial cliente veja um anúncio que “conversa” com esse lead e outro link patrocinado totalmente oposto.
6. Ajuste o conteúdo
Se os textos da sua empresa se baseiam em suposições, está na hora de ajustar os materiais. Use as informações obtidas para otimizar os conteúdos e aperfeiçoar os resultados. Identifique as palavras-chave buscadas e os formatos desejados para adotar uma abordagem direcionada.
7. Alinhe marketing e vendas
O trabalho desses dois setores é conjunto e o alinhamento é fundamental. O marketing deve fornecer os leads na hora certa e os insights importantes para que o time de vendas feche o negócio. Existe até um nome para essa união: vendarketing.
8. Monitore os números
Avalie as métricas para saber as ações que deram certo e as medidas que requerem ajustes. Você também pode avaliar as segmentações que trazem mais retorno sobre o investimento e as palavras-chave mais importantes para cada perfil de cliente. Assim, fica mais fácil obter insights e otimizar processos.
9. Identifique as melhores práticas
Veja quais ações foram mais positivas para a empresa para replicar as medidas posteriormente. Com essa análise, otimize a sua estratégia para cada uma das etapas do funil de vendas e colete os dados para aumentar a eficiência das atividades realizadas.
10. Gere relatórios
A visualização dos insights se torna mais fácil quando você cria relatórios. Use as ferramentas para compilar os números e utilizar gráficos, imagens e vetores. Esse trabalho depende da interpretação humana, mas é crucial para que gestores e colaboradores tomem as melhores decisões para cada situação.
Quais são as ferramentas de data-driven marketing?
As ferramentas de data-driven marketing são fundamentais para coletar, mensurar e gerenciar os dados e as informações. Nesse sentido, é possível combinar mais de uma dessas plataformas para atingir o objetivo da análise. Confira algumas opções para usar:
- Google Analytics: traz números sobre os acessos do site;
- Looker Studio: facilita a geração de relatórios para melhorar a visualização;
- Google Ads, Facebook Ads e LinkedIn Ads: contam com um dashboard que reúne os principais resultados dos perfis;
- Google Search Console: analisa os resultados orgânicos, como impressões, acessos e pesquisas que levam à sua página;
- Softwares de automação e CRM: favorecem a integração entre as equipes de marketing e vendas, e indicam como os leads chegam ao seu negócio;
- Buzzsumo: facilita o acompanhamento de tendências e a busca por oportunidades de backlinks. Também ajuda a pesquisar palavras-chave.
Use a estratégia de marketing data-driven a seu favor!
Agora que você descobriu o que é data-driven marketing, por que aplicá-lo, como implementar e quais ferramentas são úteis nesse processo, use essa estratégia a seu favor! Algumas boas sugestões nesse momento são:
- configure corretamente a sua conta do Google Analytics;
- cadastre o site no Google Search Console;
- adote as boas práticas de benchmarking;
- analise métricas e indicadores;
- interprete os dados;
- incentive a adoção de uma cultura analítica na sua empresa;
- use as ferramentas certas.
Ao seguir essas dicas, a implementação do data-driven marketing se torna mais simples e você tem a chance de melhorar os resultados do seu negócio. Agora, é só aplicar a estratégia e aprofundar as boas práticas para ver os processos mais produtivos e eficientes.
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