O brain rot no ambiente corporativo se tornou um dos desafios mais urgentes para gestores de treinamento, profissionais de RH e líderes preocupados com o desenvolvimento de suas equipes.
O termo, eleito pelo Dicionário Oxford como expressão do ano de 2024, reflete o fenômeno da deterioração cognitiva causada pelo consumo excessivo de informações superficiais e fragmentadas, especialmente em redes sociais e plataformas digitais.
Além de afetar diretamente a retenção de conhecimento corporativo e o engajamento em treinamentos, o brain rot compromete a competitividade das organizações.
Segundo o Digital Brazil 2023, o Brasil está entre os países que mais gastam tempo em redes sociais (em média, mais de nove horas por dia), o que agrava a sensação de “fadiga mental” nos colaboradores.
Essa hiperconexão resulta em sobrecarga, o que impacta negativamente a eficácia dos programas de capacitação e a produtividade dos colaboradores.
Neste texto, você vai entender o que é brain rot no ambiente corporativo, quatro de suas causas, algumas estratégias para minimizar o esgotamento mental e muito mais!
O que é brain rot?
O brain rot se refere à deterioração mental causada pelo consumo constante de conteúdos superficiais, pouco desafiadores e altamente fragmentados, como notícias sensacionalistas, programas de fofocas, vídeos curtos virais de redes sociais e memes. O autor Henry David Thoreau utilizou o termo pela primeira vez em 1854, em seu livro “Walden”, para criticar o empobrecimento intelectual.
Agora que você sabe o que é brain rot, vamos conferir algumas de suas causas.
Quais as causas do brain rot no ambiente corporativo?
As causas do brain rot estão diretamente relacionadas ao excesso de estímulos digitais no ambiente de trabalho. Entre os principais fatores, se destacam:
- Sobrecarga informacional: conhecida como infobesity, se caracteriza pelo bombardeio diário de e-mails, mensagens instantâneas e notificações, o que dificulta o processamento eficiente das informações (Digital 2023 Global Overview Report);
- Multitarefas excessivas: a alternância constante entre tarefas reduz a eficiência cognitiva e aumenta a fadiga mental;
- Falta de pausas: trabalhar sem intervalos adequados leva ao esgotamento cognitivo e impacta negativamente a memória e a concentração;
- Cultura de alta performance: metas inalcançáveis e pressão excessiva sem suporte adequado contribuem para o agravamento do brain rot no ambiente corporativo.
Além disso, segundo estudos divulgados pela revista Exame, a Internet em excesso atrofia o cérebro, uma das causas do brain rot.
Como o brain rot afeta os colaboradores?
Os sinais do brain rot em colaboradores incluem a diminuição da capacidade de concentração prolongada, dificuldade em concluir projetos de longo prazo e baixa participação em reuniões estratégicas. Segundo a psicóloga Fabiana Abath, “profissionais com brain rot têm dificuldade em se engajar em análises profundas e em buscar soluções inovadoras”.
Além disso, a fadiga mental crônica é um sintoma recorrente do brain rot em colaboradores, o que gera uma sensação persistente de esgotamento e desmotivação, compromete o pensamento crítico, os faz mais suscetíveis a distrações e menos aptos a resolver problemas complexos.
Qual o impacto do brain rot em treinamentos corporativos?
O impacto do brain rot em treinamentos corporativos é profundo e multifacetado. Colaboradores habituados ao consumo de conteúdos fragmentados apresentam dificuldade de absorver informações complexas, o que resulta em baixa retenção de conhecimento e baixo nível de aprendizado.
Dados recentes divulgados pelo Instituto Internacional de Segurança Psicológica mostram que profissionais que sofrem de brain rot têm muita dificuldade em manter o foco, o que afeta negativamente treinamentos e capacitações no ambiente empresarial.
Além disso, o impacto do brain rot em treinamentos corporativos se manifesta na redução do engajamento.
A falta de estímulos intelectuais e o excesso de distrações digitais tornam os treinamentos monótonos, o que diminui a motivação e aumenta a necessidade de revisões constantes. Como consequência, os custos e o tempo investido em capacitação aumentam.
4 estratégias para minimizar o brain rot em treinamentos corporativos
As estratégias para minimizar o brain rot em treinamentos corporativos incluem:
1. Microlearning corporativo;
2. Treinamento imersivo;
3. Aprendizado ativo e gamificação;
4. Curadoria de Conteúdo.
A seguir, entenda melhor cada uma delas.
1. Microlearning corporativo
O microlearning corporativo é uma das principais estratégias para combater o brain rot no ambiente de trabalho. Essa metodologia fragmenta conteúdos complexos em módulos curtos, sem sacrificar a profundidade conceitual.
Além disso, essa forma de aprendizagem pode aumentar as taxas de retenção de conhecimento corporativo em até 60%, de acordo com o CAKE.com.
2. Treinamento imersivo
O treinamento imersivo utiliza tecnologias como realidade virtual, aumentada e simulações interativas para criar experiências envolventes. Essa técnica estimula múltiplos sentidos e vias neurais, o que aumenta o engajamento e facilita a assimilação de conteúdos complexos.
Empresas inovadoras já utilizam o treinamento imersivo para capacitar equipes em ambientes controlados e seguros.
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3. Aprendizado ativo e gamificação
Métodos de aprendizado ativo, como estudos de caso e desafios práticos, exigem que os colaboradores apliquem ativamente os conhecimentos adquiridos, o que reduz os efeitos do brain rot em colaboradores. A gamificação, por sua vez, aumenta a motivação e o engajamento durante o processo de aprendizagem.
4. Curadoria de conteúdo
A curadoria criteriosa de materiais evita a dispersão cognitiva e garante conteúdos relevantes e profundos. Christian Rôças, CEO da Flint, startup especializada na linguagem das redes, destaca que “não se combate o excesso de conteúdo raso só com críticas; é preciso educar e mostrar caminhos” (Forbes Brasil, 2024).
Quais técnicas utilizar para retenção de conhecimento corporativo?
Para a retenção de conhecimento corporativo, é interessante usar técnicas de recuperação ativa, como testes periódicos e discussões em grupo, que consolidam o aprendizado na memória de longo prazo.
O estabelecimento de uma cultura organizacional voltada ao aprendizado profundo também contribui para a retenção dos conhecimentos e cria um ambiente propício ao desenvolvimento sustentável das equipes.
Qual o futuro dos treinamentos na era do brain rot no ambiente corporativo?
As tendências em treinamentos apontam para a personalização crescente das experiências de aprendizado. Plataformas adaptativas, inteligência artificial e gamificação transformam o engajamento e a retenção de conteúdos interessantes para a organização.
O Google, por exemplo, já utiliza programas que combinam tecnologia e neurociência para maximizar o aprendizado de suas equipes, como o Search Inside Yourself.
Para empresas que desejam superar o brain rot no ambiente corporativo, soluções especializadas em aprendizado ativo e treinamento imersivo se tornam essenciais para garantir equipes mais engajadas, criativas e preparadas para os desafios do futuro.
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O brain rot no ambiente corporativo é um desafio real, mas, com estratégias inovadoras como microlearning corporativo e gamificação, é possível garantir a saúde cognitiva e o sucesso dos treinamentos empresariais.
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