plano de desenvolvimento individual

Como criar um Plano de Desenvolvimento individual de sucesso?

Após o treinamento inicial para assumir um cargo na empresa, os colaboradores necessitam de orientação para progredir profissionalmente conforme as necessidades da organização. O guia para essa jornada de crescimento é o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

Um PDI bem elaborado guia e impulsiona a evolução profissional de cada membro da equipe, além de alinhar suas metas pessoais e aspirações aos objetivos estratégicos da empresa.

No entanto, muitas organizações ainda não oferecem suporte adequado para o planejamento de carreira dos funcionários. Segundo uma pesquisa do LinkedIn, apenas 14% dos colaboradores afirmam receber apoio dos empregadores nesse aspecto.

Neste guia completo, você entenderá o que é o PDI, como fazer um plano de desenvolvimento individual e as vantagens dessa abordagem para os colaboradores e empresas. 

O que é Plano de Desenvolvimento Individual?

O Plano de Desenvolvimento Individual é um documento personalizado e estruturado que visa aprimorar as habilidades e competências do colaborador, ao considerar seus interesses e objetivos de carreira, tanto profissionais quanto pessoais. 

Como um roteiro individualizado, este documento traça metas claras e ações concretas para o aprimoramento contínuo do colaborador, o que contribui para o seu crescimento na organização e para o alcance dos objetivos da empresa.

Quais os benefícios de um PDI?

Descubra as vantagens tanto para os colaboradores quanto para a organização ao implementar um Plano de Desenvolvimento Profissional.

Para os colaboradores

  • Aumento da motivação e do engajamento: ao se sentir valorizado e ter a oportunidade de desenvolver habilidades e competências, o colaborador se torna mais engajado e motivado a contribuir para o sucesso da empresa.
  • Melhoria do desempenho profissional: o PDI direciona o desenvolvimento do funcionário para áreas que impactam diretamente em seu desempenho profissional, o que otimiza a produtividade e eficiência.
  • Crescimento pessoal e profissional: o PDI permite que o colaborador se desenvolva em diversas áreas, tanto profissional quanto pessoal. Esse progresso expande horizontes e o prepara para enfrentar novos desafios.
  • Aumento da retenção de talentos: ao investir no aprimoramento dos integrantes da equipe, a empresa mostra compromisso com o desenvolvimento individual e de carreira, reduz o turnover e fideliza talentos.

Para a empresa

  • Melhoria do clima organizacional: valorizar o desenvolvimento individual contribui para um clima organizacional mais positivo, colaborativo e produtivo.
  • Aumento da competitividade: investir no desenvolvimento dos colaboradores torna a empresa mais competitiva no mercado, pois, dessa forma, conta com profissionais qualificados e atualizados.
  • Alcance dos objetivos estratégicos: o PDI alinha o desenvolvimento individual dos colaboradores aos objetivos da empresa, o que automaticamente impulsiona o crescimento e o sucesso da organização.
  • Redução de custos com treinamento: um PDI bem estruturado reduz custos com treinamentos externos, pois direciona o desenvolvimento para as necessidades específicas de cada funcionário.

Como fazer um Plano de Desenvolvimento Individual?

Aprenda o passo a passo para criar um Plano de Desenvolvimento Individual eficaz e estruturado.

1. Fazer a autoavaliação

O primeiro passo para elaborar um PDI é a autoavaliação do colaborador. Esse processo envolve uma análise honesta de habilidades, competências, pontos fortes e áreas que precisam de melhoria. A autoavaliação inclui:

  • habilidades técnicas: competências específicas relacionadas ao trabalho;
  • habilidades interpessoais: capacidade de comunicação, trabalho em equipe, liderança;
  • valores pessoais: o que é importante para o colaborador em termos de carreira e vida pessoal;
  • objetivos de carreira: como o funcionário se vê no futuro e o que deseja alcançar.

2. Coletar feedback da liderança

Após o colaborador fazer a autoavaliação, é hora de receber o feedback da liderança.

Esse retorno orienta o crescimento contínuo e a melhoria profissional do colaborador, além de alinhar sua percepção aos objetivos e valores da empresa. 

O gestor deve avaliar o desempenho e as competências, reconhecer pontos fortes e identificar áreas de desenvolvimento que o funcionário ainda não considerou.

3. Definir metas SMART

Metas SMART (Específicas, Mensuráveis, Alcançáveis, Relevantes e Temporais) são fundamentais para o sucesso do PDI. Cada meta tem que ser clara e precisa, além de permitir uma fácil avaliação de progresso. Exemplos incluem:

  • específica: aumentar as vendas de um produto específico em 15% nos próximos três meses;
  • mensurável: participar de pelo menos dois cursos de desenvolvimento profissional por semestre;
  • alcançável: melhorar as habilidades de comunicação com a participação em workshops de oratória;
  • relevante: desenvolver competências de liderança para assumir uma posição de gerência em dois anos;
  • temporal: completar a certificação em uma nova tecnologia até o final do ano.

4. Identificar recursos e ferramentas úteis

Para alcançar as metas estabelecidas, o colaborador precisa identificar os recursos e ferramentas necessários, como:

  • cursos e treinamentos: internos ou externos, presenciais ou on-line;
  • mentoria e coaching: orientação de um mentor ou coach para dar feedback e suporte contínuo;
  • materiais de estudo: livros, artigos, webinars e outros recursos educativos;
  • projetos e experiências práticas: oportunidades para aplicar novas habilidades em projetos reais.

5. Elaborar o plano de ação

Com as metas e recursos definidos, o próximo passo é elaborar um plano de ação detalhado que inclui:

  • ações específicas: passos concretos que o colaborador tem que seguir;
  • prazos: datas específicas para a realização das ações;
  • responsabilidades: quem é responsável por cada etapa do plano;
  • medição de progresso: como monitorar e avaliar a evolução.

6. Revisar e ajustar o PDI

O PDI não é um documento estático e precisa de revisão e ajuste regularmente. Reuniões periódicas entre o colaborador e supervisor são essenciais para avaliar o progresso, discutir desafios e ajustar o plano conforme necessário.

A revisão é trimestral, semestral ou anual — depende da complexidade do plano e das necessidades.

Exemplos de Plano de Desenvolvimento Individual nas empresas

Agora que você já aprendeu a fazer um PDI, veja exemplos práticos de aplicação em empresas.

1. Desenvolvimento de habilidades técnicas

Meta SMART: completar uma certificação em programação Java até o final do ano.

Ações específicas:

  • inscrever-se em um curso on-line de certificação em Java;
  • dedicar duas horas semanais ao estudo;
  • aplicar os conhecimentos adquiridos em um projeto prático no trabalho.

Recursos necessários:

  • acesso ao curso on-line;
  • tempo reservado para estudo.

Prazo: até o final do ano.

Revisão: mensalmente, com o supervisor para avaliar o progresso.

2. Desenvolvimento de habilidades de liderança

Meta SMART: desenvolver habilidades de liderança para assumir uma posição de gerência em dois anos.

Ações específicas:

  • participar de workshops de liderança;
  • buscar mentoria de carreira com um gerente sênior;
  • liderar um pequeno projeto para ganhar experiência prática.

Recursos necessários:

  • inscrição em workshops;
  • acesso a um mentor.

Prazo: dois anos.

Revisão: trimestralmente, com o mentor e o supervisor.

3. Melhoria da comunicação interpessoal

Meta SMART: melhorar as habilidades de comunicação interpessoal por meio de um workshop de oratória e feedback construtivo.

Ações específicas:

  • inscrever-se em um workshop de oratória;
  • praticar apresentações regulares com feedback de colegas;
  • ler livros sobre técnicas de comunicação eficaz.

Recursos necessários:

  • inscrição no workshop;
  • tempo reservado para prática.

Prazo: seis meses.

Revisão: mensalmente, com feedback de colegas e supervisor.

4. Aumento da produtividade pessoal

Meta SMART: aumentar a produtividade pessoal em 25% nos próximos seis meses por meio de técnicas de gerenciamento de tempo.

Ações específicas:

  • participar de um curso sobre gestão de tempo;
  • implementar técnicas aprendidas, como a Pomodoro;
  • avaliar e ajustar a rotina semanalmente.

Recursos necessários:

  • inscrição no curso;
  • ferramentas de gerenciamento de tempo.

Prazo: seis meses.

Revisão: semanalmente, com autoavaliação e feedback do supervisor.

5. Expansão do conhecimento de mercado

Meta SMART: expandir o conhecimento de mercado com a participação em três conferências da indústria e leitura de cinco livros sobre tendências nos próximos 12 meses.

Ações específicas:

  • identificar e inscrever-se em conferências relevantes;
  • reservar tempo semanal para leitura de livros;
  • compartilhar aprendizados com a equipe.

Recursos necessários:

  • inscrições para conferências;
  • lista de livros recomendados.

Prazo: 12 meses.

Revisão: trimestralmente, com o supervisor para discutir insights e aplicabilidade.

Qual o papel da tecnologia no PDI?

A tecnologia garante a eficácia dos Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) ao proporcionar ferramentas que tornam o acompanhamento e a implementação mais simples e eficientes.

Confira algumas maneiras como a tecnologia facilita a realização de um PDI.

1. Plataformas de gestão de desempenho

Softwares especializados facilitam a criação, acompanhamento e atualização dos Planos de Desenvolvimento Individual (PDI), além de centralizar informações sobre objetivos, competências e planos de ação.

Exemplos incluem o SuccessFactors, da SAP, e o Workday, que permitem uma gestão eficiente do crescimento profissional dos colaboradores.

2. Aplicativos de feedback contínuo

Ferramentas que possibilitam o feedback regular entre funcionários e gestores de forma rápida e eficiente. 

Esses aplicativos promovem uma cultura organizacional de desenvolvimento contínuo, com ajustes no Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) conforme necessário. 

Por exemplo, as plataformas Lattice e 15Five facilitam a troca frequente de feedback entre colaboradores e gestores, além de alinhar expectativas, identificar áreas de melhoria e promover o desenvolvimento profissional.

3. E-learning e cursos on-line

E-learning é o ensino em plataformas on-line como Coursera, Udemy e Khan Academy, que disponibilizam cursos para desenvolver habilidades específicas do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

Essas plataformas garantem aprendizado flexível e contínuo, adaptado aos horários dos colaboradores. Além disso, as empresas têm a opção de utilizar a EAD Plataforma para criar cursos personalizados alinhados às necessidades organizacionais. 

Essa ferramenta permite acesso aos conteúdos conforme a disponibilidade dos funcionários, enquanto os gestores monitoram o progresso e a adesão aos cursos.

Assista ao vídeo abaixo e aprenda como montar um curso on-line:

4. Ferramentas de avaliação de competências

As ferramentas de avaliação de competências são softwares projetados para analisar de forma objetiva as habilidades dos colaboradores. 

Estes recursos identificam lacunas nas competências existentes e ajudam a orientar o desenvolvimento personalizado de cada indivíduo. 

Por exemplo, o AssessFirst, realiza testes psicométricos e avaliações comportamentais, e o TalentSoft, oferece avaliação 360 graus para criar perfis abrangentes com base nas competências dos funcionários. 

Essas ferramentas ajudam a criar planos de desenvolvimento individualizados e impulsionar o desempenho profissional nas organizações.

5. Plataformas de autodesenvolvimento 

Plataformas de autodesenvolvimento são recursos que oferecem aos colaboradores a oportunidade de explorar, de forma independente, materiais educativos, como vídeos, artigos, podcasts e outros conteúdos relevantes.

Essas plataformas possibilitam aprender e crescer na carreira de maneira autônoma, além de oferecer a escolha dos temas e ritmo de estudo.

Feedback 360 graus para uma visão integrativa do desempenho

Você conhece o Feedback 360 graus? Esta é uma ferramenta que complementa o Plano de Desenvolvimento Individual e garante uma visão mais completa do desempenho de um colaborador por meio das avaliações de colegas, subordinados e liderança.

Esta abordagem não apenas garante uma visão mais equilibrada das competências e habilidades do funcionário, mas também incentiva um ambiente de aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal.

Como funciona?

  • Avaliações multidimensionais: o feedback 360 graus coleta avaliações não apenas do líder direto, mas também de colegas de equipe, subordinados diretos e outros stakeholders importantes.
  • Perspectivas diversificadas: cada grupo de avaliadores oferece insights sobre as habilidades técnicas, competências interpessoais, liderança e contribuições para a equipe e organização.
  • Feedback construtivo: as avaliações oferecem comentários construtivos que ajudam o colaborador a identificar pontos fortes e de melhoria.

Como se dá a integração do feedback 360 graus com o PDI?

  • Identificação de necessidades de desenvolvimento: o feedback 360 graus ajuda a identificar lacunas de competências não contempladas inicialmente no PDI e permite ajustes focados no desenvolvimento necessário.
  • Estabelecimento de metas claras: com base nas avaliações recebidas, o colaborador e o supervisor estabelecem metas específicas e alcançáveis para o desenvolvimento de competências.
  • Acompanhamento contínuo: incorporar o feedback 360 graus ao PDI permite um acompanhamento regular do progresso do funcionário e implementar ações corretivas e ajustes de forma eficaz.

Agora que você já sabe a importância do Plano de Desenvolvimento Individual para o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores, que tal explorar mais sobre estratégias eficazes de desenvolvimento de carreira? 

Confira os artigos abaixo e descubra como transformar o desenvolvimento pessoal em vantagem competitiva:

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Fabio Godoy