O que é treinamento on the job e quais as vantagens?

O sucesso de uma empresa depende diretamente dos conhecimentos e habilidades dos seus colaboradores. Por esse motivo, é essencial oferecer uma capacitação efetiva, e uma das modalidades disponíveis é conhecida como treinamento on the job. Você já ouviu falar?

Para simplificar, é quando a organização estimula o desenvolvimento dos seus funcionários por meio de atividades práticas que acontecem durante a rotina normal de trabalho. Essa característica traz vários benefícios, como melhoria do aprendizado e aumento da satisfação.

Quer implementar esse modelo na sua empresa? Então, continue a leitura, pois a seguir explicamos o que é e como funciona o treinamento on the job e apresentamos um passo a passo para adotá-lo!

O que é treinamento on the job?

O treinamento on the job (no trabalho, em português) é um modelo de capacitação corporativa no qual os profissionais aprendem as habilidades necessárias para executar suas funções durante o exercício diário da profissão, ou seja, em um ambiente controlado para reduzir os impactos de possíveis erros.

O objetivo é garantir a preparação dos colaboradores para assumir suas obrigações diárias no menor tempo possível e proporcionar a eles uma vivência prática das funções.

Vale ressaltar que o fato de ser mais prático faz com que essa modalidade de treinamento seja bastante vantajosa, tanto para as empresas quanto para os colaboradores. Isso porque permite aprender as competências em menor tempo.

Esse não é o único modelo de treinamento corporativo disponível e, no nosso blog, temos artigos que falam sobre outros. Aproveite para conferir!

• 5 tipos de treinamento empresarial para desenvolver colaboradores;
• Tipos de treinamento e desenvolvimento de pessoas: 7 opções para treinar seus talentos e atingir a alta performance.

Como funciona o treinamento on the job?

Esse tipo de treinamento não funciona com um tempo dedicado para a formação de colaboradores. Na verdade, há uma incorporação das lições nas tarefas diárias. É como se fosse um processo de onboarding (integração) mais “mão na massa”.

Por exemplo, no modelo tradicional de treinamento, um profissional iniciante aprende por meio de cursos teóricos sobre os processos da empresa. Já no on the job, ele se capacita enquanto executa atividades mais simples que, posteriormente, passam pela correção do líder do departamento ou de um colega com mais experiência.

A propósito, vale destacar que existem vários formatos de treinamento on the job (o que citamos agora é apenas um dos mais populares). Confira no próximo tópico quais são os outros!

Quais são os formatos de treinamento on the job existentes?

Os principais formatos de treinamento on the job são:

• mentoring;
• simulações;
• job shadowing;
• rotação;
• treinamento prático;
• estágio.

Veja mais detalhes a seguir!

1. Mentoring

O mentoring (ou mentoria, em português) é uma das técnicas de aprendizado organizacional que permite desenvolver habilidades profissionais no mercado de trabalho “on the job”.

Esse formato de treinamento consiste em designar um mentor (geralmente um gestor ou profissional com mais experiência) para ajudar um colaborador novato.

Essa pessoa com “mais tempo de casa” atua como um professor e fica responsável por ensinar tudo sobre o cargo. Inclusive, o mentor deve dar feedbacks personalizados e estar disponível para responder dúvidas e passar orientações mais detalhadas.

Aproveite para ler o nosso artigo que explica as diferenças entre mentoria e consultoria para não se confundir na hora de montar seu treinamento!

2. Simulações

As simulações são outra forma eficaz de treinamento on the job. Aqui, você deve criar cenários inspirados em situações reais e pedir para o novo colaborador resolver da forma que ele achar mais adequada.

Dois exemplos básicos de simulação são:

1. apresentar um pedido de alteração de parte de um projeto por um cliente importante;
2. atender um cliente difícil, mas que representa uma oportunidade de obter um ticket médio alto.

Ambos os casos são comuns no dia a dia e exigem uma resposta rápida e cuidadosa para garantir bons resultados. Entretanto, a simulação permite que iniciantes enfrentem esses cenários sem risco de causar impactos reais ao negócio.

3. Job Shadowing

Job significa trabalho e shadowing vem de shadow, que quer dizer sombra. Na prática, é um formato de capacitação em que um novato acompanha de perto (como uma sombra) um colaborador mais experiente para entender como funciona sua rotina.

Esse modelo costuma ser eficaz, pois permite que as novas contratações entendam como executar cada tarefa, o funcionamento do departamento e ainda conheçam as melhores práticas para agilizar as entregas.

Vale destacar que esse formato se diferencia da mentoria porque o profissional mais antigo não age como um professor. Ele apenas executa suas atividades, mas não significa que não possa dar dicas úteis.

4. Rotação

Na rotação (também conhecida como job rotation), os novatos circulam por diferentes funções de um setor ou até mesmo entre departamentos a fim de desenvolver diversas habilidades.

Esse formato de treinamento on the job ainda permite criar profissionais mais completos (e versáteis) e que entendem como a empresa funciona (pois veem como as tarefas se interligam no dia a dia).

Um detalhe importante é que essa movimentação entre as atribuições não acontece de maneira aleatória. Na verdade, é preciso ter um sistema para garantir a eficácia da alternância. Por exemplo, desempenhar uma função por mês ou por semestre.

5. Treinamento prático

No treinamento prático, como o nome já indica, o colaborador com menos experiência fica com a responsabilidade de executar um projeto de verdade. No entanto, ele não trabalha totalmente sozinho, pois um profissional mais antigo da empresa supervisiona o trabalho.

Esse formato permite que o novato ganhe experiência, já que tem a vivência do trabalho e pode tomar as próprias decisões, mas corre menos riscos, pois tem alguém com mais conhecimento para intervir caso haja necessidade.

6. Estágio

O último formato dessa lista é o estágio, bastante comum para estudantes em busca do primeiro emprego. Aqui, uma pessoa ainda em formação para atuar no mercado de trabalho atua sob supervisão.

Assim, pode aplicar na prática as teorias que aprendeu e se acostumar com o dia a dia da área.

Pronto, agora que você já sabe o que é treinamento on the job e quais os principais formatos, chegou o momento de ver as vantagens desse modelo de capacitação corporativa antes de aprender como aplicá-lo. Vamos lá?

Quais as vantagens do treinamento on the job?

As principais vantagens do treinamento on the job são:

• aprendizado mais rápido e efetivo;
• custos reduzidos;
• estímulo ao desenvolvimento de habilidades estratégicas;
• aumento da produtividade e engajamento;
• aumento da satisfação.

Veja mais detalhes logo abaixo!

1. Aprendizado mais rápido e efetivo

Uma das vantagens do treinamento on the job é a promoção de um aprendizado mais rápido e efetivo.

O que acontece é que ter a oportunidade de colocar em prática os conceitos teóricos permite assimilá-los melhor. Logo, reduz as chances de esquecer os conteúdos ao mesmo tempo em que aumenta a eficácia da sua aplicação.

2. Custos reduzidos

Outro benefício da prática é a redução dos custos com treinamentos. Afinal, no modelo on the job, há uma diminuição da necessidade de montar capacitações teóricas e ainda arcar com custos de retirar os colaboradores das suas funções pela duração dos estudos.

Pelo contrário, os profissionais se mantêm produtivos e contribuem para o crescimento da empresa enquanto desenvolvem novas habilidades. No final, todos ganham.

3. Estímulo ao desenvolvimento de habilidades estratégicas

Por falar em habilidades, oferecer treinamentos no trabalho permite desenvolver competências estratégicas para as funções.

Primeiro, porque esse modelo de capacitação é mais personalizado. Afinal, é possível adaptar o ritmo e as tarefas conforme o desempenho (assim como a capacidade e o nível de conhecimento) de cada colaborador e segundo os feedbacks.

Segundo, porque as “lições” se alinham às necessidades reais da organização, bem como seus diferenciais (como um processo a mais ou o uso de um sistema que otimiza determinados projetos).

4. Aumento da produtividade e engajamento

Na lista também temos o aumento da produtividade. Isso porque esse tipo de capacitação ajuda a treinar os colaboradores em tarefas realmente aplicáveis à rotina da corporação (e suas respectivas funções).

Além disso, ao aprender na prática, as pessoas executam as tarefas com mais rapidez e precisão, já que superaram o nervosismo de errar. Com mais confiança nas próprias habilidades, conseguem produzir mais em menos tempo.

5. Aumento da satisfação

Para completar, precisamos mencionar o aumento da satisfação. Afinal, os novatos ficam mais felizes pela oportunidade de se desenvolver profissionalmente em um ambiente controlado e com atividades mais práticas.

Quando partimos para os mais experientes, temos uma sensação de realização profissional por serem colocados como mentores dos mais novos. Também existe o fato de terem uma ajuda extra para executar os projetos.

Consequentemente, há uma ajuda na retenção de talentos. Ou seja, a segurança de que os melhores colaboradores, aqueles mais qualificados e alinhados à cultura da organização, permaneçam no quadro de empregados.

Quer adotar esse modelo? Então, continue a leitura e confira o tutorial de como aplicar treinamento on the job na empresa que preparamos para você no próximo tópico!

Como aplicar o treinamento on the job na empresa?

O passo a passo para aplicar um treinamento on the job na sua empresa envolve:

• identificação de necessidades;
• definição de objetivos e metas;
• escolha do formato;
• monitoramento do desempenho;
• escolha das ferramentas.

Veja como colocar cada um desses passos em prática a seguir!

1. Identificação de necessidades

O primeiro passo para implementar esse formato de treinamento em uma empresa é identificar as necessidades da organização. Em outras palavras, o que o negócio precisa em seus colaboradores? Quais as habilidades necessárias?

Em seguida, defina quais conhecimentos as pessoas do time podem adquirir na prática e quais exigem base teórica. Por exemplo, o atendimento ao cliente é uma habilidade que se desenvolve no dia a dia.

2. Definição de objetivos e metas

O segundo passo é definir os objetivos e as metas. Nesta etapa, descreva o que deseja alcançar a longo prazo, como um aumento da retenção de talentos ou a melhoria da qualidade dos projetos.

Depois, estabeleça pequenos marcos que precisa atingir ao longo do caminho para chegar até o objetivo, como treinar uma quantidade X de novos colaboradores por ano.

Para ajudar nessa etapa, indicamos conferir o nosso artigo que explica o que são e como aplicar o conceito de metas SMART na sua empresa!

3. Escolha do formato

Agora é o momento de escolher o formato de treinamento. Como explicamos, existem vários disponíveis (para relembrar: mentoring, simulações, shadowing, rotação, prática e estágio), e um, com certeza, pode ser o melhor para a sua empresa.

Após definir o modelo, descreva os conteúdos, responsáveis por supervisionar a capacitação e os prazos de início e finalização.

4. Monitoramento do desempenho

Uma parte indispensável de qualquer treinamento é o monitoramento do desempenho. Portanto, certifique-se de acompanhar os resultados para garantir a eficácia do processo ou, se necessário, implementar melhorias.

Para medir, você pode acompanhar os feedbacks dos colaboradores (tanto dos novos quanto dos antigos que dão apoio) e indicadores como o retorno sobre o investimento (ROI) e a taxa de participação.

5. Escolha das ferramentas

O último passo é escolher aplicações tecnológicas para ajudar na implementação e acompanhamento das capacitações.

Bons exemplos de ferramentas são softwares de monitoramento de desempenho e feedback, sistemas de automação de tarefas e, é claro, uma boa plataforma de educação à distância (EAD) para complementar o treinamento on the job com conhecimentos mais teóricos.

Inclusive, temos uma dica de solução para capacitações organizacionais que conta com diversos recursos imperdíveis (como aulas ao vivo e biblioteca de conteúdos), é fácil de usar e tem um ótimo custo-benefício: a EAD Plataforma.

Adicionalmente, com a EAD Plataforma você encontra diferenciais, como a possibilidade de personalizar sua sala de aula virtual, acompanhar os indicadores de desempenho e criar fóruns para discutir os conteúdos.

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