O acesso a ferramentas de aprendizado deveria ser um direito de todos. E a luta pela inclusão social na educação está pautada justamente nisso: na garantia da integração das mais diversas raças, gêneros, idades e classes sociais ao ensino.
As vantagens da EAD fizeram com que essa metodologia de ensino ganhasse um importante papel nessa luta.
Podemos citar, por exemplo, o seu custo-benefício, flexibilidade e acessibilidade. Essas características têm permitido que cada vez mais pessoas possam realizar o sonho de dar sequência a sua formação profissional.
Confira como as diferentes metodologias EAD têm exercido, com sucesso, o seu papel de garantir a inclusão social na educação. Neste artigo, vamos refletir um pouco sobre esse tema.
Conciliando a carreira e os estudos
Em nosso país, é muito comum ver as pessoas conciliando a sua vida profissional e de estudante ao mesmo tempo.
Principalmente aquelas que possuem menor poder aquisitivo. Afinal, a educação costuma ser o melhor caminho para elevar o seu padrão de vida.
Ao analisar os dados do Censo EAD 2018 da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), já notamos algo que nos chama atenção:amaior parte de alunos EAD, em todas as modalidades, estão na faixa etária de 26 a 40 anos. E o que isso significa?
Significa que são pessoas que estão em uma idade profissionalmente ativa, ou seja, que precisam equilibrar trabalho, estudos, família e vida pessoal ao mesmo tempo.
Elas estão em busca de garantir mais oportunidades de trabalho, uma formação em sua área, atuar na profissão dos sonhos e, de uma maneira geral, melhorar de vida.
Neste cenário, aprender por meio de um Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA,é a saída para conseguir ter acesso aos estudos, por conta da flexibilidade que ela garante aos alunos.
Essa é uma das razões que explicam o porquê de, a cada ano, os cursos EAD ganharem mais adeptos.
Garantir a inclusão social na educação permite que as pessoas tenham acesso a melhores oportunidades e possam realizar os seus sonhos.
Inclusão social na educação para pessoas acima dos 40 anos com a EAD
Outro grupo de pessoas que está conquistando seu o espaço nos cursos superiores com o auxílio da EAD são adultos com mais de 40 anos.
Rui Gonçalves, gerente de Relações Institucionais da plataforma Quero Bolsa, apresentou uma importante reflexão com relação a esse fato, em entrevista:
“Notamos a capacidade do EAD de absorver esse público que ingressa na faculdade de forma tardia. O EAD dispõe de uma mensalidade menor, que se encaixa na renda, e oferece condições mais acessíveis de tempo e retorno.”
Os fatores citados, como mensalidade menor e condições acessíveis, têm impulsionado a entrada de um público mais “experiente” nas universidades.
Isso porque essas pessoas costumam possuir rotinas atarefadas, trabalho em tempo integral e salários menores, o que dificulta o ingresso delas em um curso presencial.
O Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) possui uma boa história para elucidar essa realidade.
A trajetória de Emanuela Rodrigues, que cursou Administração por meio da Uespi, mostra o quanto a EAD pode mudar vidas:
“O ensino a distância foi de grande valia uma vez que não disponibilizava de tempo devido minha carga horária no trabalho. O EAD me proporcionou estudar em casa nas horas vagas. Fiz o curso pensando em mudar de profissão e estou batalhando para isso. O curso bacharelado em Administração Pública está abrindo portas no campo de trabalho. Atualmente, sou técnica administrativa pela empresa de terceiro setor Sesc Oeiras e cada dia que passa me apaixono ainda mais por esta profissão”.
A Uespi oferece atualmente 13 cursos de pós-graduação em 15 municípios e 7 cursos de graduação em 35 polos de todas as regiões do Piauí. Esse núcleo está ajudando a mudar a realidade de centenas de pessoas como a Emanuela.
Acessibilidade também é importante para a inclusão social na educação
É importante destacar também a importância da EAD em proporcionar às pessoas com algum tipo de deficiência a sua inclusão social na educação.
Com a evolução da tecnologia dentro do setor educacional, é possível facilitar ainda mais o acesso a uma formação para essas pessoas.
Pense em como a EAD pode ajudar indivíduos com deficiências motoras, físicas, visuais, de audição, entre outras, a receber um ensino de qualidade de forma segura.
Em uma entrevista, a superintendente acadêmica do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Josiane Tonelotto, levanta essa questão:
“Numa cidade enorme como essa (São Paulo), pode ser difícil para um cego ou alguém com dificuldade motora ir até a faculdade. A tecnologia aumenta as chances de o aluno com limitações receber o mesmo nível de ensino que outro sem deficiência ou que frequente a instituição.”
Inclusive, no livro Educação à distância: algumas considerações, Claudia Landim descreve que a EAD é a grande responsável por reduzir os “isolamentos, geográficos, psicossociais, econômicos e culturais, caracterizando uma nova revolução na democratização do conhecimento.”
Em suma, esse trecho reitera o poder da EAD na garantia da acessibilidade e resume bem um de seus principais papéis: engajar alunos e Democratizar a educação.
Conclusão
A lição que tiramos ao ler todos esses dados, citações e exemplos é de que a educação a distância, de fato, está proporcionando uma ampliação do acesso à educação, e isso faz com que ela siga crescendo no Brasil.
Isso porque ela atinge um público que necessita contar com flexibilidade e valores mais acessíveis, pois está inserida em uma realidade com menos privilégios.
Hoje elas podem alcançar o tão sonhado diploma – que possui a mesma validade que o de um curso presencial, é importante lembrar – estudando a distância, pela internet, consumindo diversos formatos de conteúdo EAD.
Ou seja, a inclusão social na educação, que parecia impossível até pouco tempo atrás, já não é mais tão difícil assim. E tudo isso graças ao ensino a distância!
Se, ao fim desta leitura, você tiver vontade de conhecer mais sobre a Educação a Distância, temos uma dica de leitura: conheça 4 especialistas em educação que defendem uma academia mais flexível e “fora da caixa”!
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