O modelo de negócios conhecido como Private Label Rights é bastante debatido no mercado. Por um lado, quem investe no ramo enaltece uma forma legítima de obter rendimento, do outro, há as pessoas que acham que PLR é golpe, alegando que as promessas milagrosas desses infoprodutos não são viáveis.
Junto dessa prática, estão estratégias como dropshipping e o marketing de afiliados, opções bastante exploradas por produtores de conteúdo, que buscam soluções fora do país e adaptam para o mercado nacional.
Você que busca uma renda extra na internet, com infoprodutos, venda de cursos on-line e outros produtos digitais, precisa conhecer mais sobre a prática, para responder por conta própria se PLR é golpe ou não. Vamos lá?
O que é PLR?
A sigla PLR significa Private Label Rights que, em tradução livre, significa Direitos de Marca Própria. Nesse modelo, uma pessoa adquire uma licença de propriedade intelectual de quem criou o produto original e, assim, pode modificar e revender o conteúdo em outros mercados, sem pagar royalties e taxas extras.
Quem investe nessa prática, normalmente, adapta as características do item licenciado para revendê-lo como se fosse criado por ele.
Produto PLR: como funciona a comercialização?
O funcionamento do comércio PLR consiste na aquisição de direitos de propriedades intelectuais, para que possa modificar suas características, adaptá-las para um determinado nicho e comercializar a peça como uma criação original.
Essa prática pode envolver tanto objetos físicos, como bens de consumo, quanto produtos digitais, como infoprodutos, fórmulas de lançamento e cursos on-line.
No primeiro exemplo, podemos citar diversos itens anunciados em posts patrocinados nas redes sociais.
Você certamente já viu um produto inovador, com diferenciais nunca vistos, com uma marca desconhecida estampada. Tudo para ver o mesmo objeto em outra publicação, com a mesma descrição, alterando somente o nome da marca.
Isso acontece quando o fabricante vende a licença das suas mercadorias para várias marcas, que atuam em outros países. Empreendedores brasileiros investem principalmente no mercado chinês, pela boa possibilidade de lucro.
No mercado digital, a prática mais comum envolve a tradução e adaptação de livros, cursos e infoprodutos para ambientes digitais.
Por exemplo, o autor de guia prático de marketing digital, famoso no exterior, que não chegou ao Brasil, pode vender a licença para que outra pessoa faça alterações necessárias e venda o material como se fosse seu, seja como um e-book, audiobook ou módulo educativo.
Vender no PLR dá dinheiro?
É inegável que PLR dá dinheiro, se for bem estudado e planejado. Os rendimentos são escalonáveis e os custos são relativamente baixos, desde a aquisição da licença até a estratégia de marketing digital que atrai consumidores para o produto.
Além disso, muitos nichos que estão em alta nos últimos anos podem desfrutar do modelo de PLR para obter rendimentos. De fato, muitos deles alcançaram o status atual por conta da comercialização dos direitos de marca própria.
Veja alguns exemplos:
1. Educação financeira e investimentos
A popularização das corretoras de investimentos fez muita gente considerar a criação de uma carteira para aplicar em renda fixa ou variável. Mesmo assim, ainda existia muito receio por parte do público.
Para resolver a questão, alguns influencers digitais buscaram referências no exterior e criaram um método “próprio” de ensinar como investir.
São tutoriais de como criar uma carteira de investimentos, qual o perfil de investidor que mais combina com cada um e testemunhas de como conquistar bons rendimentos.
Esse conteúdo é bastante divulgado em e-books e vídeos no YouTube, para depois ofertar uma versão premium aos interessados.
2. Saúde, alimentação e bem-estar
A preocupação com a saúde física e mental sempre foi relevante, mas a pandemia tratou de consolidar o setor como prioridade para os brasileiros.
Nessa categoria, há os “famosos” métodos de emagrecimento, abordagens inovadoras sobre alimentação, guias para prática de exercícios em casa, entre muitos outros. Além de produtos digitais, alguns suplementos conquistaram muito destaque.
3. Marketing digital
A gestão de marketing digital é uma necessidade para os empreendedores modernos, mesmo que trabalhem somente com o comércio físico. Afinal, os consumidores usam a internet para pesquisar produtos no mercado local, antes de sair de casa, além de conferir as ofertas no e-commerce.
Quando não são eles procurando infoprodutos e cursos on-line, há os profissionais que buscam uma carreira no setor, para prestar serviço para empresas e agências.
Entre as áreas mais exploradas no modelo PLR, podemos destacar o SEO (otimização para motor de busca), o Inbound Marketing e a gestão de conteúdo para redes sociais.
Vantagens e desvantagens do PLR
Como qualquer tipo de negócio, o PLR tem vantagens e desvantagens que precisam ser consideradas por quem investe nesse tipo de produto.
As vantagens do PLR são:
- baixo custo: é mais barato adquirir a licença e adaptar um item do que desenvolver o projeto do zero;
- lançamento ágil: cortando várias etapas do planejamento e criação do produto, você pode lançá-lo no mercado com mais agilidade;
- personalização e identidade: ao personalizar o PLR com a identidade visual da sua marca, você promove a autenticidade e o valor agregado.
Em contrapartida, as desvantagens do PLR são:
- risco de plágio: principalmente quando se trata de produtos digitais em PLR, o plágio é um risco frequente, pois costuma ser fácil copiar o material na íntegra e revender, sem levantar suspeitas;
- concorrência com a mesma licença: há ainda a possibilidade do seu concorrente ter adquirido licença de uso sobre o mesmo produto, colocando peças originais, praticamente idênticas, disputando o mercado;
- dificuldade de controlar a qualidade: o baixo custo de aquisição do PLR pode inundar o mercado de produtos de baixa qualidade, prejudicando o controle sobre o material que você vende, além de arriscar a sua reputação com os consumidores.
PLR é golpe ou não?
Não, o modelo de PLR não é um golpe, mas existem pessoas mal-intencionadas que se aproveitam do recurso para enganar consumidores. Para assegurar a relevância do seu produto, os criadores precisam valorizar os cuidados na hora de personalizar e adaptar o que foi adquirido.
É possível usar o PLR como atalho, desenvolvendo um conteúdo ou bem de consumo que tenha potencial de transformação para os seus clientes. Porém, é importante educar o público para que ele reconheça esse valor.
Por fim, para evitar que a má fama do modelo de negócio afete sua credibilidade, incentive seus clientes a pesquisarem por conta própria, mostrando como identificar ofertas legítimas e como se proteger de possíveis fraudes.
E para você que investiu na personalização de um curso on-line, garantindo sua eficiência, vale a pena utilizar uma plataforma capaz de proteger os seus direitos autorais, como a EAD Plataforma.
Além de oferecer controle total sobre o acesso de alunos, parceiros e professores, ela também disponibiliza ferramentas assertivas para a proteção de marca.
Como o EAD Player, um reprodutor de vídeos exclusivo, que permite incorporação, ao mesmo tempo que evita a apropriação indevida do conteúdo. Saiba mais sobre esse recurso:
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