como trabalhar a inclusão em sala de aula

Como trabalhar a inclusão em sala de aula: como adaptar ambiente e atividades

Trabalhar a inclusão em sala de aula significa acolher e dar possibilidades para crianças e adolescentes terem o direito de estudo garantido, independente da classe social, condição psicológica ou física. 

Apesar de importante, essa não é uma tarefa fácil! 

Por isso, reunimos as principais informações de como trabalhar a inclusão em sala de aula e como adaptar o ambiente escolar e as atividades educacionais. 

Qual a importância da inclusão em sala de aula?

Qualquer instituição de ensino no Brasil, seja pública ou privada, tem a obrigatoriedade de acolher e incluir crianças com necessidades especiais. 

Mas as escolas devem olhar além do dever e escolher o caminho da diversidade pelos benefícios que ele traz para os alunos, para escola e para a sociedade. 

A principal importância da  inclusão em sala de aula é permitir que os alunos especiais possam desenvolver habilidades socioemocionais e psicológicas adequadas às necessidades e desafios da sua deficiência. 

Para os alunos sem deficiência, estudar em uma classe inclusiva faz com que eles valorizem mais a diversidade e mostrem menos preconceito. 

Por que fazer a inclusão de alunos com deficiência na escola regular?

Pode ser que você esteja se perguntando: por que não matricular as crianças com necessidades especiais em escolas especiais?

A resposta é diversidade! 

Fazer a inclusão de alunos com deficiência na escola regular permite que alunos tenham contato com crianças das mais diversas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais, vão torná-los mais abertos, livres de preconceitos e que valorizam as diferenças. 

Como trabalhar a inclusão em sala de aula? 

Reunimos algumas dicas para que as escolas possam começar a trabalhar a inclusão em sala de aula, confira. 

Como o professor deve se preparar para fazer a inclusão?

Há diversas formas como professores e outros integrantes do corpo docente podem se preparar para fazer a inclusão de alunos com necessidades especiais. 

Vamos a algumas delas: 

Entender a legislação e os diferentes tipos de deficiência

O artigo 208 da Constituição Brasileira e a Declaração Universal dos Direitos Humanos trazem informações essenciais para entender como se adequar e trabalhar a inclusão em sala de aula. 

Cada deficiência tem suas características e necessidades diferentes. 

Um aluno que tem autismo terá dificuldades diferentes de um cadeirante ou de uma criança com TDAH, por exemplo. 

É essencial que o corpo docente entenda essas diferenças e pense em soluções específicas para cada aluno. 

Estudar novas formas de ensino e aprendizagem

Mas além da legislação, é muito importante que os professores estudem maneiras novas e lúdicas para motivar os alunos

Os métodos de ensino estão evoluindo, assim como as práticas e as formas de dar aula. 

Incluir tecnologia, atividades lúdicas, metodologias ativas de aprendizagem e a multidisciplinaridade facilitam a aprendizagem e colaboram para manter os alunos atentos e interessados nas matérias. 

Criar um programa de inclusão para toda a escola

Outra dica de como trabalhar a inclusão em sala de aula é criando um programa de inclusão que seja válido para toda escola. 

Isso permite estabelecer parâmetros de acompanhamento da evolução dos alunos, possíveis melhorias no âmbito escolar e serve como norte para novos professores ou funcionários que entrarem na escola. 

Se certificar de que o ambiente está adaptado às diferentes deficiências

Trabalhar a inclusão em sala de aula também abrange o espaço físico da escola. 

Há rampas, corrimões, elevadores, portas grandes e outras formas de acessibilidade?

A escola possui banheiros adaptados, assim como cadeiras e mesas acessíveis para cadeirantes? 

E o caminho para chegar à escola? É seguro? Possui calçadas e rampas? Há transporte público adaptado?

Não adianta ter um método abrangente se o aluno não tem condições de chegar à escola, usar todos os espaços e conseguir se adequar àquele espaço. 

Buscar conhecer cada aluno e suas necessidades em particular

Como falamos, cada deficiência demanda necessidades diferentes. 

Por isso, sempre que um aluno especial chegar à escola, é importante fazer um diagnóstico e entender se há alguma modificação que precisa ser feita para que ele se sinta acolhido e seguro. 

Manter o diálogo aberto entre pais, cuidadores e a escola é a chave para que essas carências sejam atendidas e que todos entendam como trabalhar a inclusão em sala de aula. 

Criar projetos de inclusão

Os projetos de inclusão são formas de abranger todas as figuras da escola na busca por mais diversidade, como funcionários, pais, familiares e outras pessoas da comunidade. 

Criar ciclos de debates, palestras e visitas a instituições são algumas formas de ensiná-los sobre a realidade das pessoas com deficiência e fomentar o diálogo. 

Como adaptar atividades para alunos de inclusão?

Simplifique

A melhor maneira de adaptar atividades para alunos de inclusão é permitir que o aluno compartilhe do mesmo plano de aula e somente quando for necessário haja alguma adaptação.  

Crie tarefas para o coletivo

Pense em tarefas para o coletivo e que envolvam todos os alunos nas atividades. 

Sempre traga o tema do respeito ao tempo do outro, das habilidades individuais e das diferenças para sua prática. 

Adapte o método de avaliação

Pode ser que alguns alunos com deficiência não consigam realizar as atividades de avaliação que são padrão nas escolas no Brasil. 

Adaptar provas, atividades e outros métodos de avaliação podem ajudar a avaliar esse aluno levando em consideração suas limitações. 

Pensando a inclusão além da sala de aula

É importante salientar que a inclusão em sala de aula só é possível quando há o direito de ir e vir. 

Ou seja, além do ambiente escolar, é preciso pensar no trajeto desse estudante, se há opções de transporte adequadas como ônibus adaptados, se há calçadas e um caminho seguro, além de outras acessibilidades necessárias. 

O espaço físico da escola também deve ser analisado e adaptado, com a inclusão de rampas, elevadores, piso tátil, banheiros adaptados, corrimãos, mesas e cadeiras especiais. 

A adaptação das estruturas de ensino devem ser pensadas junto com as adaptações dos espaços e estruturas físicas para que a inclusão seja 100% efetiva. 

Quais os principais grupos que devem ser incluídos

Quando pensamos em pessoas com deficiência, é comum vir à mente as deficiências físicas ou as psicológicas que são mais nítidas. 

Porém, a  lei ampara todas as pessoas que possuam algum tipo de necessidade educacional especial (NEE), como: 

  • Condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas;
  • Portadoras de déficits e bem dotadas;
  • Trabalhadoras ou que vivam em condição de rua;
  • Populações distantes ou nômades;
  • Minorias linguísticas, étnicas ou culturais;
  • Grupos desfavorecidos ou marginalizados. 

Quando falamos de diversidade, estamos falando de todo tipo de pessoa ou grupo. 

Por isso, além das condições físicas e intelectuais, é preciso pensar também nas relações sociais e emocionais, tornando o ambiente escolar aberto para todos esses grupos. 

Essas foram as principais dicas de como trabalhar a inclusão em sala de aula. 

Confira a importância da inclusão social na educação e o papel do EAD nessa trajetória.

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Fabio Godoy