Em 18 de março de 2020, o coronavírus, ou covid-19, já somava mais de 191 mil casos notificados ao redor do mundo, de acordo com o Situation Report da OMS – Organização Mundial de Saúde. Por ser uma doença extremamente escalável, esses números com certeza já terão sofrido mudanças expressivas quando você ler este artigo.
Definitivamente, não é exagero afirmar que estamos diante de uma das maiores pandemias já vistas na história mundial. O coronavírus provocou um grande rearranjo na dinâmica de funcionamento do mundo: de negócios a escolas, todos precisaram repensar a forma de oferecer seus serviços.
Diante de uma situação na qual o contato físico é um dos grandes transmissores do vírus, uma das ações nas escolas contra o coronavírus foi a adoção da EAD como saída para dar continuidade ao ensino.
Quer ver como isso funciona em diversas partes do mundo, suas principais vantagens e oportunidades? Então leia nosso superconteúdo e fique por dentro do importante papel da EAD nessa crise global.
Ao longo desse artigo, você vai descobrir:
- Contexto do coronavírus;
- Evolução da doença no mundo e no Brasil;
- Impactos da pandemia na saúde, economia, sociedade e educação;
- EAD como solução para a educação mundial;
- Exemplos práticos de como a EAD ajuda o mundo
- Como você pode usar a EAD para o autodesenvolvimento
Vamos lá?
Coronavírus: um inimigo silencioso
Como surgiu o coronavírus?
Coronavírus é, na verdade, a denominação dada a uma linhagem de vírus que causa infecções respiratórias. O vírus responsável pela doença covid-19, denominado SARS-Cov-2, descoberto em dezembro de 2019, era um desdobramento desconhecido antes da notificação do primeiro caso em Wuhan (China).
Entretanto, já há registros de coronavírus humanos datados de 1937, de acordo com o portal do Ministério da Saúde. A denominação “coronavírus” só foi dada em 1965, quando foi possível observar o perfil do microorganismo no microscópio, constatando seu envelopamento com terminações pontiagudas, lembrando uma coroa.
O surto inicial do novo coronavírus pode estar ligado ao contato de humanos com os produtos vendidos em um mercado de frutos do mar em Wuhan, o que fortaleceu a suspeita de que a transmissão inicial possa ter ocorrido entre animais e humanos. Há também indícios de que o morcego tenha sido o hospedeiro do vírus (assim como acontece com outro coronavírus, o SARS).
Você pode estar se perguntando: mas se o coronavírus existe há tantos anos, por que todo esse alarde?
Nós respondemos: porque trata-se de uma doença nova, desenvolvida a partir de uma mutação ainda pouco conhecida de um vírus, com extrema propensão à transmissão, e com potencial letal a grupos de risco.
Além disso, ainda não há nenhum tipo de vacina ou medicamento desenvolvido contra o Covid-19, embora alguns países, como China, Estados Unidos, Inglaterra e o Brasil já tenham dado indícios de que estão evoluindo nas pesquisas.
Transmissão e grupos de risco
A facilidade de transmissão do coronavírus é uma das maiores preocupações globais. A escalabilidade do vírus é alta justamente porque é muito simples se contaminar.
As investigações sobre formas de transmissão ainda estão em andamento, mas já se sabe que o Covid-19 é contraído por:
- espirro, tosse e catarro;
- contato pessoal próximo, como aperto de mão;
- gotas de saliva;
- transmissão pelo ar;
- contato com objetos ou superfícies contaminadas + contato com a boca, nariz ou olhos.
Além de ter um leque de possibilidades de transmissão muito amplo, outro fator que agravou a seriedade do coronavírus é sua letalidade para grupos de risco. Atualmente, segundo a OMS, o grupo de risco do Covid-19 é principalmente composto por idosos e pessoas com condições crônicas de saúde.
Evolução no mundo
Desde o surgimento do primeiro caso de coronavírus na China, o número de infectados cresceu muito rapidamente. Atualmente, já estamos próximos dos 200 mil casos ao redor do mundo e de 8 mil mortes.
Casos no Brasil
No Brasil, o primeiro caso foi notificado no dia 26 de fevereiro. Um homem, de 61 anos, recém-chegado de uma viagem à Itália, um dos grandes epicentros atuais do vírus.
A partir daí, o crescimento vem ganhando volume: em 13 de março, eram 77 os casos confirmados. Já no dia 17 de março, as notificações apontavam 234 infectados, dentre os quais, um óbito.
Orientações de saúde
Diante de uma doença tão silenciosa (muitos casos podem não apresentar nenhum sintoma, o que faz com que a curva de contágio cresça ainda mais rapidamente), os governos ao redor do mundo começaram a disseminar orientações de saúde fundamentais para superarmos a crise:
Uma das principais, entretanto, é o isolamento social, que, em linhas gerais, defende a importância de evitar contato externo em todas as situações possíveis — incluindo as situações de estudo que exigiram ações das escolas diante do coronavírus—, impedindo, assim, que o contágio se espalhe.
Abaixo, você pode ver o quão grande é a diferença na curva de evolução do vírus com e sem medidas de prevenção.
Antes de continuarmos o artigo, uma pausa estratégica para um apelo: seja qual for a situação de saúde em questão, respeite as orientações de prevenção dadas pela autoridade responsável! É a forma mais efetiva de contornar adversidades como esta.
Medidas de isolamento social: até onde vão os impactos?
É claro que, embora extremamente necessário, o isolamento social pode trazer inúmeros impactos à dinâmica de funcionamento da sociedade. Muitos deles, inclusive, já começaram a ser percebidos a nível local e global.
- Economia: o Ministério da Economia brasileiro já prevê quedas no PIB, e, mundialmente, já se fala em recessão na Europa.
- Saúde: países como a Itália e a China passaram por graves crises em seus sistemas de saúde. No Brasil, o surto de coronavírus deve colocar à prova o Sistema Único de Saúde.
- Sociedade: diante de imposições dos governos e medidas restritivas de circulação, a sociedade enfrenta um novo desafio: readaptar a rotina, controlar a ansiedade, manter a disciplina e, principalmente, exercitar a coletividade (a grande máxima do isolamento social é zelar pela vida do próximo, para que não se contagie).
- Educação: na educação, o desafio também é grande. Com a imposição do isolamento social, as aulas presenciais de milhares de instituições em todo o mundo foram suspensas. Diante de um cenário inimaginável até pouco tempo, surge um aliado de peso: o EAD.
A partir de agora, vamos falar sobre como a Educação a Distância está possibilitando a manutenção de uma importantíssima engrenagem mundial: o ensino de jovens e adultos.
EAD como solução para a educação mundial
Com a suspensão das aulas presenciais, foi preciso estruturar uma série de ações nas escolas contra o coronavírus e em nome da manutenção da rotina de ensino.
Felizmente, a EAD está crescendo a cada ano no Brasil e no mundo, o que possibilitou o desenvolvimento de uma série de estratégias de enfrentamento desta, que poderia ser uma crise paralela sem precedentes.
Vantagens da metodologia
Além de oferecer uma estrutura de ensino que possibilita a realização de aulas inteiramente a distância, a metodologia EAD tem outras vantagens para a educação em tempos de crise.
Flexibilidade
A primeira grande vantagem da EAD em um contexto turbulento é a flexibilidade de horários de acesso aos materiais. Por meio de uma plataforma EAD, os professores podem oferecer conteúdos e atividades, e os alunos se organizam conforme sua disponibilidade para estudar e realizar as tarefas.
A alternativa é especialmente estratégica para quem tem filhos, e precisou rearranjar a rotina para conciliar o home office, o cuidado com os pequenos e as aulas.
Otimização do tempo
Em segundo lugar, está a vantagem do tempo. Por meio de um AVA – Ambiente de Aprendizagem Virtual, é possível ter acesso às aulas e conteúdos sem precisar se deslocar. Dessa forma, o tempo investido na educação a distância é exclusivo para o aprendizado.
Possibilidade de contato direto com o professor
Há alguns anos, era impossível imaginar a possibilidade de estar “frente a frente” com os professores em outro local que não a escola ou faculdade.
Com a EAD, uma nova janela se abriu: a da transmissão de aulas ao vivo! Dessa forma, o ambiente de estudo é praticamente reconstituído: enquanto os professores expõem o conteúdo, alunos prestam atenção e absorvem aquilo que foi ensinado. Em caso de dúvidas, é possível interromper e fazer perguntas, bem como trocar ideias com o restante da turma no fórum de discussão.
Estímulo à vivência digital
Por fim, a EAD também contribui para a criação de uma vivência digital em crianças, jovens e adultos, ao estimular a compreensão de um LMS – Learning Management System, ou Sistema de Gestão do Aprendizado) e suas ferramentas, como o acesso aos conteúdos EAD, atividades de avaliação, chats e funções administrativas, além de estimular o uso de conteúdos em diversos formatos (como vídeos, e-books, podcasts, infográficos etc.).
Pontos de atenção
É claro que, para garantir a efetividade da EAD como alternativa de ensino às escolas e universidades, é preciso ter atenção a alguns pontos.
Acessibilidade
O primeiro ponto de atenção é o acesso aos meios digitais imprescindíveis para a realização das aulas, como computadores e internet.
O ensino a distância pode ser uma poderosa ferramenta para a inclusão social na educação, mas é preciso garantir que todos os contemplados pela modalidade possam assistir às aulas em condições de igualdade.
Rotina
O segundo ponto diz respeito à responsabilidade de cada aluno com a criação de uma rotina de estudo. Diferentemente do ensino presencial, a modalidade EAD possibilita que o processo educacional seja mais fluido, mas isso não pode significar um afrouxamento no rigor acadêmico.
Por isso, uma das atribuições dos professores nesse novo contexto deve ser conscientizar os estudantes a respeito de suas obrigações enquanto alunos EAD. Algumas dicas para criar uma rotina de estudo a distância são:
- Estabelecer um horário fixo para estudar;
- Condicionar algumas atividades ao cumprimento das tarefas educacionais;
- Criar um cronograma de estudos;
- Estipular um lugar fixo para assistir às aulas e conteúdos (preferencialmente um lugar tranquilo e com boa iluminação).
Adaptação ao novo método
Por último, mas não menos importante, está a importância de familiarizar os envolvidos ao funcionamento da plataforma EAD. Professores precisam estar perfeitamente alinhados com as ferramentas e prontos para resolver eventuais problemas e orientar os estudantes.
Estes, por sua vez, precisam ser treinados de antemão para entenderem o funcionamento do sistema e quais os seus deveres enquanto alunos.
No Brasil, a popularidade da metodologia EAD é um grande diferencial frente a outras localidades. Atualmente, de acordo com a ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância, nosso país soma mais de 9 milhões de estudantes que já utilizam alguma plataforma de ensino a distância.
O que minha escola deve fazer agora?
No dia 17 de março, o MEC – Ministério da Educação, liberou por 30 dias a educação a distância para todas as etapas da educação básica. Em paralelo, universidades de todo o país também vão parando suas atividades presenciais para dar início a uma rotina EAD.
Mas como fazer isso na prática?
Preparamos um passo a passo com as principais decisões a tomar neste momento:
- Reorganizar a dinâmica de aulas: realizar reuniões a distância com todos os envolvidos no processo educacional (professores, coordenadores, direção) para discutir as possibilidades e oportunidades do novo cenário;
- Reestruturar o conteúdo: será preciso fazer adaptações do conteúdo presencial para o formato de EAD. Isso inclui a preparação de material complementar (e-books, apostilas, vídeoaulas etc.)
- Encontrar a melhor plataforma EAD para hospedar os conteúdos e fazer as transmissões das aulas
- Fazer testes com uma amostragem inicial de alunos: o teste da plataforma e da dinâmica de ensino é essencial para garantir o funcionamento dos processos;
- Comunicar e treinar os envolvidos: usar tutoriais online para familiarizar alunos e responsáveis com o uso da plataforma EAD escolhida
- Criar uma rotina de feedbacks e retornos entre os professores, alunos e pais sobre o andamento do processo
Para te ajudar a colocar cada passo em prática, preparamos um checklist com as medidas que não podem ficar de fora da implantação da EAD em sua institução:
Ações nas escolas contra o coronavírus: como a EAD está ajudando o mundo?
Embora seja uma solução ainda em estudo por alguns países, a EAD neste momento já ajuda diversas nações a contornar o problema causado pela pandemia do coronavírus. Quer conhecer alguns desses casos?
China
No primeiro país infectado pelo Covid-19, o ensino a distância já é uma saída para mais de 180 milhões de alunos.
O país lançou um pacote de soluções EAD com base no armazenamento em nuvem, que conta com transmissões em um canal de TV estatal e uma plataforma de ensino a distância.
A ideia do país é que o conteúdo seja disponibilizado em cada uma das ferramentas de acordo com a curva de aprendizagem dos alunos: para os mais novos, o conteúdo é transmitido no canal de TV. Já para os mais velhos, é disponibilizado em forma de lições e matérias na plataforma EAD.
Itália
Na Itália, segundo grande epicentro da pandemia, o ensino a distância conquistou os alunos. De acordo com o portal Skuola.net, no início da crise, 1 em cada 5 alunos aderiu ao EAD no país. Hoje em dia, o cenário é outro: 9 em cada 10 alunos mantiveram sua rotina de estudos graças ao EAD.
Como recursos, os estudantes e professores utilizam a transmissão de aulas ao vivo, os chats online e a troca convencional de mensagens por e-mail.
Portugal
A Fundação de Ciência e Tecnologia de Portugal disponibilizou a plataforma Colibri de ensino a distância, criada em 2013, para hospedar aulas online e reuniões após a suspensão do ensino presencial no país.
No primeiro dia oficial sem aulas, 63 mil participantes se conectaram à plataforma, integrando mais de 2.700 eventos na ferramenta.
A expectativa é de que, nos próximos dias, o número de inscritos na plataforma EAD seja ainda maior.
Brasil
Para ajudar a manter a rotina de estudos de cerca de 1,3 milhão de estudantes, a plataforma SOMOS está se preparando para entrar em ação. A ideia é fornecer um sistema EAD de qualidade para todos os alunos do ensino básico, que vai do infantil ao médio.
A expectativa da plataforma é receber acessos diários de 3 a 4 horas de duração por aluno. Atualmente, a solução já é utilizada como ferramenta de apoio a tutorias e exercícios, e atende a 570 mil alunos.
Como o EAD pode ajudar você?
Agora que você já conhece as ações das escolas contra o coronavírus, que tal se inspirar e levar o ensino a distância para a sua realidade?
Aproveite a orientação de isolamento social para fazer cursos livres e aprender coisas novas. Outra alternativa que pode ajudar a otimizar o home office e, de quebra, atualizar a equipe em temáticas pertinentes à rotina de trabalho é a realização de treinamentos corporativos online.
A EAD Plataforma pode ser uma boa opção para você, assim como já vem sendo para tantos outros usuários: em 18 de março de 2020, já éramos uma comunidade de 1.926.082 alunos cadastrados, e nossa plataforma registrava mais de 900.000 acessos ao mês!
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