Você já ouviu falar em gestão de conhecimento? Se sim, sabe como acontece a gestão do conhecimento na prática?
Apesar do crescente investimento na área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) nas empresas, poucas sabem o que é, como fazer e a importância de gerir o conhecimento da organização — o que precisa ser feito até mesmo antes de investir incansavelmente em capacitações.
Portanto, se você chegou a esse conteúdo, e é uma dessas pessoas que não entendem nada sobre o tema, ou até já ouviu falar, mas não sabe como é a gestão do conhecimento na prática, continue a leitura e descubra tudo sobre esse assunto.
Afinal, o que é a gestão do conhecimento?
Você já pensou se todos os colaboradores da sua empresa pudessem ter a mesma performance? Seria interessante, não é? Uma boa forma de chegar próximo a esse cenário é colocando a gestão do conhecimento na prática.
De uma forma geral, uma boa performance acontece quando o profissional sabe o que precisa fazer, como isso deve ser feito e qual o melhor momento para colocar em prática, certo?
Acontece que, para que esses três pontos conversem entre si, é preciso conhecimento. Ou seja, o colaborador precisa saber exatamente o que fazer e, mais ainda, precisa saber gerir esse saber.
Mas o que é essa gestão do conhecimento? Um conjunto de processos para ajudar a criar, transferir e aplicar conhecimentos dentro da sua organização.
Certamente em sua empresa poucos conhecimentos estão documentados, seja de forma escrita, foto ou gravação. Isso é o que é chamado conhecimento explícito, quando alguém é capaz de pegar aquele registro e entender o que, como e quando fazer algo.
Apesar de interessante, no geral, não é esse tipo de conhecimento que as empresas possuem. Na verdade, o conhecimento tácito, aquele saber que está apenas na cabeça de alguém, é o que domina o mundo corporativo.
Quer ver só? Muito provavelmente em sua empresa existem alguns colaboradores que apresentam uma performance muito maior que outros.
Isso acontece porque eles possuem domínio e conhecimento sobre suas funções. Possivelmente, eles são vistos como exemplo, e procurados por outros funcionários quando surgem dúvidas ou dificuldades.
Nesse cenário, esse colaborador é detentor de um saber que, caso documentado e repassado, o que seria a gestão do conhecimento na prática, beneficiaria toda a empresa.
Afinal, todos os outros integrantes do time aprenderiam como fazer o que ele faz, com as técnicas e estratégias que utiliza.
Assim, quando a gestão do conhecimento acontece na prática, a empresa cria a oportunidade de que todo conhecimento relevante para os processos da organização seja compartilhado.
4 passos para colocar a gestão do conhecimento em prática
Imagine que em sua empresa apenas um colaborador do setor financeiro sabe como fazer a folha de pagamento.
No entanto, este profissional acaba saindo da organização antes de ensinar os colegas de equipe como se faz. Assim, chega o próximo pagamento e ninguém na empresa sabe como fazer os documentos. E aí, o que aconteceria?
O exemplo é simples, mas dá para entender como a gestão do conhecimento deve ser uma realidade dentro das empresas, e que o hábito de incentivar competições não ajudam no crescimento do negócio.
Afinal, se o conhecimento não é compartilhado, maiores são as chances de um dia, sem se esperar, ele acabe se dissipando da organização. Como pudemos ver em nosso exemplo.
Mas como realizar a gestão do conhecimento na prática, você pode estar se perguntando. Veja quais etapas envolvem o processo de gestão segundo o livro “The Knowledge-Creating Company”, que apresenta o modelo SECI, um dos mais utilizados:
1. Socialização
Essa fase acontece quando o conhecimento tácito, aquele que fica apenas na mente de um colaborador, é repassado para outros profissionais.
Essa etapa pode ser incentivada ao solicitar um funcionário mais experiente para acompanhar novatos em seus primeiros dias na empresa, por exemplo.
Ela também é colocada em prática quando um colaborador tira dúvida com outro e recebe dicas de como fazer determinada tarefa. Essa troca é chamada de socialização.
2. Externalização
A segunda etapa para colocar a gestão do conhecimento na prática, seguindo o modelo SECI, é a externalização.
Nesse momento, o conhecimento que anteriormente foi passado informalmente é transformado em um conhecimento explícito. Ou seja: ele é documentado, arquivado, se torna um registro da empresa.
3. Combinação
A combinação é a etapa em que todos os conhecimentos que foram externalizados, e passaram a ser parte do conhecimento explícito, de domínio da empresa, se acumulam.
É como se a organização montasse sua base de conhecimento, agrupando todos os saberes estratégicos para o funcionamento da empresa.
4. Internalização
Por último, no processo de colocar a gestão do conhecimento em prática, acontece o que é chamado de internalização.
Essa fase se estabelece quando tudo o que uma vez foi tácito, depois se tornou um registro e passou a fazer parte da empresa, passa a ser praticado de forma natural, se firmando como um conhecimento real da empresa.
Nessa etapa, todos os colaboradores conseguem colocar determinado saber em prática, sem que seja necessário mais procurar por outros colaboradores. Afinal, o conhecimento foi compartilhado.
Quando essa parte se estabelece, começa-se tudo de novo, voltando ao início para formalizar novos conhecimentos.
Exemplos de gestão do conhecimento aplicados nas empresas
Universidade Caixa – Caixa Econômica Federal
O banco Caixa é uma das empresas que conseguiu encontrar formas interessantes de colocar a gestão do conhecimento na prática.
Para isso, a empresa criou a Universidade Caixa, que tem o objetivo de investir na capacitação e no desenvolvimento de habilidades.
Assim, o colaborador pode associar trabalho e estudo com a oportunidade da educação continuada, e aprimorando técnicas que impactam diretamente em sua rotina de trabalho.
Hora do café – Banco do Brasil
Outro exemplo também no ramo financeiro é a “hora do café” do Banco do Brasil, um evento criado pela empresa influenciado pelo momento do cafezinho nas agências.
Sabe a hora da pausa no trabalho, em que o colaborador vai à cozinha tomar um café? Segundo os colaboradores do banco, essa era a hora que mais acontecia o compartilhamento de conhecimento e saberes.
Assim, a empresa criou o evento de treinamento que simula a “hora do café” e permite que colaboradores de diversas agências espalhadas pelo Brasil possam trocar figurinha e compartilhar o que sabem.
Uma verdadeira gestão do conhecimento na prática, não é?
Agora que você sabe o que é e como essa gestão acontece, que tal começar a pensar na ideia de transformar os conhecimentos da sua empresa em treinamentos EAD para tornar as informações ainda mais acessíveis?
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