Por acaso, você pretende lecionar para as turmas do 1º ao 9º ano da Educação Básica? Então, você definitivamente precisa descobrir como elaborar um plano de aula do Ensino Fundamental I e II, levando em conta as características de ambas as etapas.
Do 1º ao 5º ano, o Ensino Fundamental I, o foco está na alfabetização e no domínio de leitura, escrita e cálculo. Em paralelo, o trabalho envolve a compreensão do ambiente natural e social, além das habilidades socioemocionais, que são as soft skills.
Já no 6º ao 9º ano, o Ensino Fundamental II, as atividades passam a envolver a construção de valores. E isso inclui o exercício da cidadania e a mentalidade crítica para fazer conexões entre os conhecimentos teóricos e sua aplicação prática no dia a dia.
Enfim, são muitas questões para se levar em conta na hora de planejar a ação formativa, não é mesmo? Por isso, continue a leitura para descobrir como montar um plano de aula do Ensino Fundamental que aprimore a experiência de aprendizagem.
Preparando o terreno: como fazer um plano de aula do Ensino Fundamental?
Antes de começar o plano de aula do Ensino Fundamental, é vital considerar as diretrizes da BNCC. Ou seja, é preciso alinhar as ações formativas com a Base Nacional Comum Curricular estabelecida pelo Ministério da Educação.
Por sinal, seu plano de aula do Ensino Fundamental deve considerar o contexto da Educação Básica. Nesse sentido, confira a reflexão que consta no portal da BNCC:
“O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros.”
O que é plano de aula?
O plano de aula é um documento que organiza as informações ligadas às respectivas disciplinas. Nesse documento, o professor define: o tema de cada aula, os conteúdos, a metodologia de ensino, os recursos e os mecanismos de avaliação do aprendizado.
Em outras palavras, esse é um planejamento que deve estar devidamente alinhado com a BNCC. Portanto, é imprescindível conectar as atividades realizadas em sala com o projeto pedagógico de cada etapa da Educação Básica.
Qual é a importância do plano de aula?
Além de estar em conformidade com a norma reguladora (compliance), essa é uma forma de padronizar o conteúdo. Para exemplificar, digamos que o colégio tem duas turmas do 5º ano (matutina e vespertina), com professores diferentes em uma mesma disciplina.
Com esse plano de aula, que deve ser construído em conjunto, os educadores estarão na mesma página. Consequentemente, os alunos terão acesso às mesmas informações, embora os profissionais tenham seus próprios estilos.
Passo a passo: como montar um plano de aula para o Ensino Fundamental?
Para facilitar, segue um exemplo de plano de aula do Ensino Fundamental com base no ensino de matemática online. Mas lembre-se de que é essencial adaptar os conceitos para cada disciplina e tema, ok?
1. Dados gerais
No início do documento, liste informações que contextualizam a ação formativa:
- nome do docente
- turma
- disciplina
- unidade temática
- duração
2. Tema da aula
Em seguida, especifique qual será o tema dessa aula, por exemplo, um conceito ligado à geometria. Segundo a BNCC:
“Nessa unidade temática, estudar posição e deslocamentos no espaço, formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais pode desenvolver o pensamento geométrico dos alunos”.
3. Objetivos da ação formativa
Em se tratando de geometria, a Base Nacional Comum Curricular destaca que é preciso:
“Considerar o aspecto funcional que deve estar presente no estudo da geometria: as transformações geométricas, sobretudo as simetrias”.
4. Conteúdo programático
Em alinhamento com a BNCC, pode-se estudar a manipulação de representações de figuras geométricas planas. Isso pode acontecer em quadriculados ou ainda no plano cartesiano, contando com recursos tecnológicos, como os softwares de geometria dinâmica.
5. Recursos didáticos
Por falar em tecnologia, uma boa pedida é usar o aplicativo matemático GeoGebra. Com ele, é possível criar gráficos, estudar geometria, fazer modelos 3D e assim por diante. Vale lembrar que, de acordo com a BNCC:
“As ideias matemáticas fundamentais associadas a essa temática são, principalmente, construção, representação e interdependência”.
6. Metodologia de ensino
A gamificação é uma estratégia que contribui para “quebrar” o gelo e, ao mesmo tempo, transmitir conhecimento. Enquanto os alunos jogam, eles aprendem os conteúdos edificantes de um jeito descontraído, o que facilita a assimilação dos conteúdos.
Veja um exemplo de atividade lúdica, que está disponível no próprio GeoGebra: Mapas & Geometria Analítica. Nessa caça ao tesouro, basta seguir as instruções do mapa dos piratas, incluindo: traçar retas, verificar pontos de interseção e criar circunferências.
7. Avaliação do aprendizado
Fique à vontade para definir os mecanismos para avaliar o que foi realmente compreendido e aplicado. Para servir de inspiração, essa atividade do GeoGebra propõe algumas questões para analisar a estratégia usada para obter as respostas, envolvendo:
- distância entre as cavidades nasais das caveiras: do Norte e ao Sul e, depois, do Leste a Oeste;
- definição das equações reduzidas das respectivas retas, conforme as distâncias do item anterior;
- existência (ou não) da condição de perpendicularidade e paralelismo entre ambas as retas;
- seleção da alternativa que corresponde à equação reduzida da circunferência dessa atividade:
8. Referências pedagógicas
Para finalizar, não deixe de destacar as referências que os alunos podem encontrar nos seus materiais didáticos. E isso abrange tanto os livros utilizados pela escola, quanto as eventuais recomendações de outras fontes.
Enfim, esperamos que o post te ajude a elaborar seu plano de aula do Ensino Fundamental, de forma efetiva. Para complementar, veja outros posts da EAD Plataforma que também podem te interessar:
- motivação de alunos EAD: dicas de engajamento para ensino a distância;
- b-learning (blended learning): conheça o ensino híbrido (semipresencial);
- transformação digital na educação: novas formas de ensinar e aprender.
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