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[GUIA COMPLETO] Decole com o design instrucional para a EAD!

Quer descobrir o que é design instrucional para finalmente decolar na educação a distância (EAD)? Então, vem com a gente conferir 3 dicas para melhorar a experiência do aprendizado. E, também, 7 modelos para colocar em prática hoje mesmo.

Aqui, podemos adaptar o conceito de experiência do usuário (UX) a fim de enriquecer as ações formativas. Ou seja, a ideia é seguir um fluxo lógico para conduzir a aprendizagem realmente significativa. Com isso, ampliamos horizontes por meio de processos fluídos e eficazes.

Logo, antes de mais nada, vamos conhecer o que é design instrucional para iniciantes. Assim, fica mais fácil entender o amplo leque de benefícios do “desenho da instrução” para decolar no e-learning.    

Mas o que é design instrucional na prática?

Design instrucional (DI) é o planejamento do aprendizado de acordo com o perfil dos alunos. Dessa forma, o designer instrucional pode adequar o conteúdo para um determinado tipo de entrega. Por exemplo: ensino híbrido, aula presencial, EAD, treinamento corporativo e daí em diante.

Como funciona o design instrucional?

O DI consiste na “aliança” entre os conteúdos, os recursos digitais e o design em si. Aliás, essa estratégia beneficia tanto alunos, quanto professores, tutores, coordenadores e afins. Isso porque a aprendizagem fica ainda mais fluida, o que cria um ambiente propício para desenvolver habilidades.

7 vantagens do design instrucional

  1. Customização dos cursos conforme o público-alvo;
  2. Estímulo às metodologias ativas de aprendizagem;
  3. Redução dos custos com ações formativas eficazes;
  4. Valorização do processo de ensino-aprendizagem;
  5. Inclusão social na educação, ampliando horizontes;
  6. Protagonismo do aluno no desenvolvimento de competências;
  7. Mais autonomia para compreender as mensagens-chave. 

Inspire-se com 7 modelos de design instrucional

Selecionamos 7 modelos de DI para servir de inspiração. Além disso, existem sites que têm ferramentas para agilizar o uso de algumas dessas referências. Por exemplo, é possível editar o diagrama do primeiro modelo da nossa lista: ADDIE.  

Fonte: Creately

1. ADDIE

Em inglês, a sigla ADDIE significa:

  • analysis: análise das lacunas de aprendizagem, para planejar a ação formativa;
  • design: desenho da estratégia, junto com os objetivos, as mídias e os métodos para a entrega;
  • development: desenvolvimento do treinamento e preparação para o lançamento;
  • implementation: implementação do curso na plataforma escolhida, a exemplo do LMS;
  • evaluation: avaliação dos resultados, com base em feedbacks e indicadores.

2. ASSURE

Por sua vez, ASSURE é a sigla para:

  • analyze learners characteristics: análise do perfil dos alunos;
  • state objectives: declaração dos objetivos daquela ação formativa;
  • select, modify or design materials: escolha das mídias e dos conteúdos;
  • utilize materials: planejamento para o uso dos materiais escolhidos;
  • require learner response: envolvimento dos estudantes no processo de ensino;
  • evaluation: avaliação do que realmente foi assimilado no curso.

3. Os 9 eventos de instrução de Gagné

Segundo Robert Gagné, existem “condições mentais” para a absorção e a retenção do conhecimento:

  • fazer uma boa introdução para chamar a atenção;
  • informar sobre os objetivos e critérios de avaliação;
  • estimular a lembrança das aprendizagens anteriores; 
  • apresentar o conteúdo sem sobrecarga de informação;
  • prestar suporte e orientação aos alunos, se necessário;
  • engajar os alunos para favorecer o desempenho nos estudos;
  • fornecer (e receber) feedbacks para aprimorar o aprendizado;
  • avaliar o desempenho, conforme os critérios que foram divulgados;
  • usar recursos para reter o conteúdo, com a aplicação prática do conteúdo.

4. Princípios da instrução de Merrill

Para David Merrill, existem 5 princípios da aprendizagem:

  • tarefa: relacionar o conteúdo com as situações do mundo real;
  • ativação: ativar uma base de conhecimento já existente e fazer conexões; 
  • demonstração: usar narrativas e recursos visuais para a retenção na memória;
  • aplicação: alunos podem aplicar os temas por conta própria (e aprender com isso);
  • integração: possibilidade de integrar o conhecimento, com discussões e reflexões.

5. Modelo Morrison, Ross e Kemp

Conhecido apenas como modelo Kemp, são 9 estágios circulares e, também, não lineares:

  • identificar problemas e metas;
  • examinar o perfil dos alunos;
  • selecionar o conteúdo a ser abordado;
  • estabelecer os objetivos instrucionais;
  • sequenciar o conteúdo em unidades instrucionais de aprendizagem lógica;
  • projetar estratégias para que cada aluno domine os objetivos;
  • planejar a mensagem instrutiva, bem como o método de entrega;
  • desenvolver mecanismos para avaliar os resultados;
  • selecionar os recursos de apoio às ações formativas.

6. Dick and Carey Systems Approach Model

No modelo de Dick e Carey, o fluxo de aprendizado leva em conta:

  • objetivos de aprendizado: considerando habilidade, conhecimento ou atitude;
  • análise instrucional: verificar o que o aluno deve fazer e/ou relembrar na tarefa;
  • contexto e alunos: características gerais, habilidades prévias, vivências etc.;
  • critérios: pontos-chave para a avaliação do desempenho;
  • ferramentas de avaliação: aplicação de provas, problemas e exercícios;
  • estratégia de ensino: atividades, apresentação de conteúdo e avaliação;
  • materiais didáticos: temas alinhados com os objetivos de aprendizagem;
  • avaliação formativa: aprimoramento dos materiais didáticos e métodos;
  • revisar o ensino: verificar as oportunidades de melhoria;
  • classificação dos alunos: avaliação somativa, conforme o nível de aproveitamento.

7. Bloom’s Taxonomy

A pirâmide de Bloom pode ser definida da seguinte maneira, do topo para a base:

  • criar: produzir materiais originais;
  • avaliar: verificar e justificar as decisões;
  • analisar: fazer conexões entre as ideias;
  • aplicar: usar a informação em novas situações;
  • entender: explicar os conceitos envolvidos;
  • relembrar: retomar os conteúdos estruturantes.

3 dicas para aplicar as técnicas de design instrucional

Selecionamos 3 dicas infalíveis para turbinar o design instrucional.

1. Estímulo ao engajamento

Na hora de pensar o DI, lembre-se de considerar o engajamento, principalmente nos canais digitais. Seja por transmissões ao vivo ou fóruns EAD, é vital estimular a comunicação entre os envolvidos.   

2. Chunking de conteúdos

O cérebro “processa” pequenas doses de informação com mais facilidade. Nessa linha, a proposta é dividir o conteúdo EAD em “pílulas”, com foco em garantir a compreensão. Isto é, reorganizar os dados de maneira lógica, em porções menores, como no microlearning.

3. Diversificação dos conteúdos digitais

Já ouviu falar que o método de ensino funciona de modo diferente para quem é visual, auditivo e cinestésico? Pensando nisso, o ideal é diversificar os conteúdos digitais para contribuir com a fixação do aprendizado.

Por sinal, esses são alguns exemplos que podem ser adaptados de acordo com cada tema:

Enfim, deu pra entender o que é design instrucional e pra que serve? A propósito, se você tem interesse em trabalhar com EAD, fale com a gente! Por aqui, nós amamos a educação. Justamente por isso, preparamos vários posts do Blog que podem te ajudar nessa jornada.

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Fabio Godoy