Quais os 3 desafios EAD no Brasil? Descubra como superá-los!

De tendência à necessidade: quer saber quais são os desafios EAD no Brasil e como superá-los? Então, este artigo é para você! Preparamos um post para falar das barreiras que estão sendo transpostas pelo ensino a distância no país. E também falaremos de oportunidades, claro! 

De fato, a crise do coronavírus acelerou a busca pelo e-learning, devido às medidas de isolamento social. Enquanto algumas instituições já usavam tecnologias na educação, outras precisaram se adaptar da noite para o dia. 

Por falar nos desafios EAD no Brasil, recomendamos o webinar da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o ensino remoto. Na ocasião, especialistas falam sobre essa alternativa viável para manter a aprendizagem durante a pandemia de covid-19.  

Top 3: quais são os desafios EAD no Brasil?

O e-learning vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente no ensino superior. Em 2019, 43,8% das matrículas foram feitas nos cursos de graduação a distância. Ou seja, 1,6 milhão de estudantes estão rompendo barreiras e fazendo uma imersão na transformação digital.

Aliás, tais números tendem a aumentar consideravelmente, após a divulgação das estatísticas 2020. Segundo o Presidente do Inep, Alexandre Lopes, “a pandemia vai acelerar essa tendência de migração para o ensino a distância ou ensino híbrido [com aulas semipresenciais]”.

Por falar nisso, vamos aos 3 principais desafios EAD no Brasil:

1. Acessibilidade

Os dados são alarmantes e evidenciam a desigualdade social brasileira. Na quarentena, 8,7 milhões de alunos não tiveram aulas remotas. De acordo com o Cetic, 30% das casas não têm acesso à internet. Além disso, 40% dos alunos de escolas públicas não dispõe de tablets ou computadores, usando apenas o celular para os estudos. 

2. Capacitação dos profissionais

Realmente, muitos educadores foram surpreendidos pela necessidade de lecionar a distância. Boa parte deles estava acostumada com aulas presenciais. Antes da quarentena, alguns sequer conheciam as metodologias ativas, como a sala de aula invertida. 

Logo, este é um momento de adaptação para todos: professor, coordenador, tutor, aluno e familiar. Diante dessas novas formas de ensinar e aprender, é preciso abrir caminho para a inovação.  

Por exemplo, será que todos já conhecem o potencial de um eficaz Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)? Esses são alguns dos diversos recursos:

• Centralização dos conteúdos do curso, com biblioteca e videoaulas;
• Canais de contato que abrangem a comunicação síncrona e assíncrona;
• Fórum de discussão para permitir a troca de ideias e experiências;
• Gestão das atividades administrativas por parte da equipe técnica;
• Acompanhamento do desempenho da turma como um todo e de cada aluno;
• Espaço para a aplicação de avaliações e exercícios, até mesmo de gamificação.

3. Preconceito com EAD

Um dos principais desafios EAD no Brasil é o preconceito, juntamente com a desinformação. Há alguns anos, havia descrença em relação à qualidade do ensino remoto. Entretanto, esse cenário mudou bastante. Assim como os profissionais se especializaram na produção digital, os alunos têm a garantia de que os diplomas EAD são igualmente aceitos pelo MEC.

Nessa perspectiva, também destacamos um trecho da Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional:

“Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”. 

3 oportunidades: como superar os desafios EAD no Brasil?

Depois de abordar quais são os desafios EAD no Brasil, finalmente vamos às oportunidades do ensino a distância.

1. Democratização do conhecimento

A educação a distância ultrapassa muitos obstáculos e traz mais inclusão. Conforme a pesquisa TIC Educação 2019, 58% dos alunos utilizaram o celular para as atividades escolares. Nesse sentido, os conteudistas podem otimizar os materiais para viabilizar o mobile learning. 

Vale lembrar que, além do custo mais acessível do EAD, ainda há a flexibilidade de conciliar o estudo com o trabalho. Sendo assim, o diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier, destaca que o modelo híbrido é o ideal para a distribuição socioeconômica e geográfica do país. 

Nas palavras dele próprio, em entrevista ao jornal Estado de Minas: 

“Vamos caminhar para o fim da dicotomia entre o presencial e a EAD e vamos falar em educação mediada por tecnologia das formas mais variadas: um presencial com disciplinas on-line, um 100% on-line, algumas aulas remotas”.

2. Diversificação dos conteúdos digitais

O EAD tem um amplo leque de conteúdos digitais para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Alguns exemplos são:

• Videoaulas;
• E-books;
• Podcasts;
• Infográficos;
• Transmissões ao vivo;
• E vários tipos de infoprodutos!

3. Tecnologias educativas 

Embora o acesso às tecnologias seja um dos desafios EAD no Brasil, essa também pode ser vista como uma oportunidade. Afinal, o amplo leque de inovações facilita a adaptação para o método de ensino a distância. 

Não por acaso, muitos educadores estão se tornando youtubers e postando dicas sobre aulas remotas. Como exemplo, a pedagoga Lorena Carvalho criou o canal Professora Coruja, com foco no desenvolvimento infantil. O objetivo é compartilhar ideias, tanto com outros professores, quanto com os pais dos alunos. 

Bônus: educação corporativa

A propósito, tais conceitos também podem ser adaptados para as universidades corporativas. No fim das contas, o e-learning é essencial para agilizar o treinamento e desenvolvimento dos colaboradores. Assim, é possível investir na educação continuada e, ao mesmo tempo, reduzir os custos com ações formativas. 

Enfim, agora que você já conhece os desafios EAD no Brasil, que tal partir para as oportunidades? Para exemplificar, se você é professor de inglês, já pensou em montar seu próprio curso online? Por sinal, o mesmo vale para todos que querem compartilhar seus conhecimentos. Advogados, engenheiros, maquiadores, médicos, cozinheiros e assim por diante! 

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